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Os Neurônios Da Discórdia – Janela Para O Cérebro

Um dos principais representantes dessa corrente era Pasko Rakic, de Yale, que sustinha -e acredita – se que no cérebro humano adulto não há neurogénesis. Uma firme convicção que bem como teve no começo do século passado, Santiago Ramón y Cajal, considerado o pai da neurociência moderna.

A análise de Altman caiu no esquecimento durante duas décadas. Mas, nos anos 80, o interesse na neurogénesis adulta se reacendeu e começaram a aparecer publicações que viam neurônios novos no hipocampo do cérebro adulto de diferentes espécies. Um dos laboratórios interessados nesse conteúdo foi o de Fernando Nottebohm, que as descreveu na primeira vez no cérebro de canários adultos. Arturo Álvarez-Buylla se formou no laboratório de Nottebohm. E neste instante portanto se perguntaram se no cérebro humano adulto aconteceria o mesmo que o de outras espécies.

Mais tarde outras publicações relataram que o cérebro humano adulto bem como tinha neurogénesis. A comunidade científica mudou de idéia e começou a apoiar a ideia oposta: no cérebro humano adulto sim nasciam novos neurônios. Mas Rakic continuava convencido de que não.

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Em 2011, Álvarez-Buylla, juntamente com Altman (e Rizzollatti pelos seus neurônios espelho) recebem o prêmio Príncipe de Astúrias. Em típico, se reconhece o mérito de Álvarez-Buylla, “identificar “os mecanismos fundamentais inerentes à neurogénesis e as células gliais, como tronco de novos neurônios”. A crença é tão firme, apoiada pelas investigações, que se especula mesmo com a função que cumprem essas neurônios recentes (acesse o que são os neurônios recentes?). E de forma teórica se relaciona com o stress e a amargura. Mas na semana passada um artigo publicado na revista Nature faz cambalear essa crença aceite sobre a neurogénesis em adultos. O trabalho, com participação espanhola, é liderado por Arturo Alvarez-Buylla da Universidade da Califórnia em San Francisco.

Em colaboração com José Manuel García-Carrasco, da Universidade de Valência, e Z. Yang, da Universidade de Xangai (China), observam seções do hipocampo de trinta e sete doadores de diferentes idades que tinham sido falecidos por várias causas. E só detectam neurônios adolescentes em fetos e garotas.

A mostra de superior idade em que os pesquisadores ainda viam outras neurônios adolescentes pertencia a um pirralho de 13 anos. “Na demonstração de dezoito anos e maiores, não encontramos nenhuma”, destaca Álvarez-Buylla. “Estamos simplesmente relatando o que temos visto e é bem difícil publicá-lo pela polêmica que iria suscitar e pelo motivo de eram muitos os que achavam que havia neurogénesis robusta no hipocampo humano.

Esta discussão é muito saudável, visto que quando não se está de acordo em algo, é precisamente quando se executam progressos”, diz Arturo Álvarez-Buylla a Coisas do Cérebro. Um problema com a “neurogénesis adulta” é que a maior quantidade da investigação que se executa em vertebrados inferiores, como aves e roedores, e existem poucos estudos feitos com tecido cerebral humano pós aerobiose e anaerobiose, respectivamente. Os humanos são substancialmente diferentes e não se poderá assumir que os achados em roedores são válidos em primatas.

E, além disso, a maioria dos trabalhos a respeito do hipocampo humano não são conclusivos, em razão de carecem de uma análise profunda e rigorosa dos diferentes aspectos envolvidos na neurogénesis. No entanto, a análise desses achados parciais tem sido tipicamente parcial pra aceitação da evidência mais pequena prova de que neurogénesis adulta. Esta é a desculpa pela qual o postagem de Sorrell et al. A inexistência de neurogénesis córtex cerebral humana e o bulbo olfativo neste instante foi testada e aceita, mas alguns pesquisadores que trabalham com roedores ainda acreditam que existe no hipocampo humano.